segunda-feira, 20 de julho de 2009

MISSÃO À LUA

Apollo 11 foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e primeira a pousar na Lua, em 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu o objetivo final do presidente John F. Kennedy, que, em discurso ao povo norte-americano em 1962, estabeleceu o prazo do fim da década para que o programa espacial dos Estados Unidos realizasse este feito. Neil Armstrong, comandante da missão, foi o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar.
Composta pelo módulo de comando Columbia, do módulo lunar Eagle e do módulo de serviço, a Apollo 11, com seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13h32min UTC de 16 de julho, na ponta de um foguete Saturno V, sob as vistas de centenas de milhares de espectadores que lotavam estradas, praias e campos ao redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espectadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.



A ÁGUIA POUSOU

Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins, os tripulantes da nave Columbia e integrantes da missão Apollo 11, tiveram um lançamento perfeito da Terra, uma jornada longa e calma para a Lua e uma rotineira ignição dos motores para colocá-los em órbita lunar. Seu destino era um local chamado Mar da Tranqüilidade, uma grande área plana, formada de lava basáltica solidificada, na linha equatorial da face brilhante do satélite.


Após a separação dos módulos da Apollo, enquanto Michael Collins ficava no Módulo de Comando Columbia numa órbita cem quilômetros acima do satélite, Armstrong e Aldrin começaram sua descida ao Mar da Tranqüilidade a bordo do Módulo Lunar Eagle. Não havia assentos no ML. Armstrong e Aldrin voavam em pé, firmes nos lugares por cordas elásticas presas no chão. Durante o mergulho, eles olharam pelas janelas e cronometraram a passagem dos marcos das paisagens abaixo deles, através de uma escala marcada na janela de Armstrong, para confirmar o rastreamento de dados que a o controle da missão no Centro Espacial de Houston estava recebendo. Com a ajuda de Houston, eles também checaram e rechecaram a saúde do Módulo.
Se, como dizia Eugene Cernan - um ex-piloto da marinha americana que virou astronauta e comandou a última das missões a pousar na Lua, a Apollo 17 - pousar o Módulo Lunar era mais fácil que pousar um jato num porta-aviões durante a noite, uma das muitas vantagens era o fato de que o Eagle estava equipado com o que era, na época, um sofisticado computador de bordo, que fez a maior parte do trabalho de rotina do vôo de descida da espaçonave. Exceto nos momentos finais da aproximação do solo, voar na trajetória correta era apenas uma questão de analisar os dados de navegação dos sistemas de radar e de inércia e então ir delicadamente ajustando o impulso e a ação dos motores do Módulo Lunar. Era uma tarefa de trabalho intensivo e bem ajustado ao controle do computador.
Várias vezes durante a descida, porém, o computador soou alarmes. A trajetória da nave parecia boa, mas a mensagem de alerta “1202” trouxe alguns segundos tensos à tripulação até que Houston avisasse, que, ao que pareciam, partes da memória do computador estavam sendo sobrecarregadas com estranhos dados do radar de aproximação, mas, felizmente, não apenas o computador havia sido programado de modo que continuasse a conduzir tarefas de alta prioridade como também a pessoa que melhor conhecia o computador — o homem que o criou, o engenheiro de sistemas Steve Bales — precisou de apenas alguns segundos para diagnosticar o problema e recomendar que o pouso continuasse. Mais tarde, Bales ficaria de pé ao lado da tripulação numa cerimônia na Casa Branca e foi condecorado por sua especial contribuição para o sucesso da missão.
Os seguidos alarmes e as quedas nas comunicações entre o Eagle e Houston eram irritantes, mas em todos os outros aspectos o computador do ML e o sistema de navegação tiveram um desempenho brilhante. Oito minutos e trinta segundos após a ignição do motor de descida, o computador colocou o Módulo quase ereto e Armstrong teve sua primeira visão em close-up do lugar para onde estava sendo levado pelo computador. Ele estava cerca de 1.600 m acima e 6.000 m a leste da área de pouso. Como planejado, ele tinha combustível para mais 5 minutos de vôo. Cada astronauta tinha uma janela pequena, triangular e de vidraça dupla a sua frente.

O Módulo Lunar em Órbita

Em princípio, se Armstrong não gostasse do ponto escolhido pelo computador, poderia movimentar o “joy-stick” manual de controle para frente, para trás ou para qualquer lado, além de orientar o computador para mover um pouco o alvo na direção indicada. De acordo com o plano, Aldrin dava a Armstrong o ângulo de descida de poucos em poucos segundos, porém a arte de direção computadorizada ao tempo da Apollo 11 não era tão refinada como seria nas próximas missões e a fatalidade e o computador estavam colocando o Eagle dentro de um campo de rochas, a nordeste de uma cratera do tamanho de um campo de futebol.
Não havia problemas para Armstrong em pousar num campo de rochas. Não era essencial que o ML pousasse perfeitamente ereto. Uma inclinação de mais de quinze graus não causaria nenhum problema em particular para o lançamento de volta à órbita após a missão. Entretanto, se ele batesse o sino do motor ou uma das patas do trem de aterrissagem numa rocha grande, haveria uma chance real do Módulo Lunar sofrer um dano estrutural. Ele decidiu então seguir a velha máxima de pilotos: “Em caso de dúvida, pouse longe”. Para fazer isso ele teria que sobrevoar a cratera e pousar a oeste dela. E não havia maneira – nem tempo – de dar ao computador uma atualização de informações suficiente via controle manual. Então, a uma altitude de cerca de 150 metros do solo, Neil Armstrong assumiu completamente o controle manual da nave para a descida final., apontou o ML para frente, começou a voar como um helicóptero e levou o Eagle para 400 metros a oeste, sobre crateras e rochas.
Enquanto Armstrong conduzia o Módulo Lunar à procura de um bom ponto de pouso, sua atenção estava totalmente focada no trabalho que tinha em mãos. Aldrin foi quem virtualmente falou o tempo todo e também estava bastante ocupado. Ele lia os dados do computador para Armstrong dando a ele a altitude, a taxa de descida e a velocidade frontal. Em Houston, o Diretor do Vôo Gene Kranz e outros membros da equipe de apoio na Sala de Controle da missão, estavam vigiando a telemetria do ML. Eles não sabiam ainda sobre a cratera e o campo de rochas, mas era óbvio que a alunissagem estava demorando mais tempo que o planejado. Além disso, a cada segundo que passava, havia uma crescente inquietação quanto ao combustível que restava. Por causa das incertezas em ambos os calibradores nos tanques e nas estimativas que podiam ser feitas por dados de telemetria no motor funcionando, a quantidade de tempo restante até que o combustível acabasse era em torno de 20 segundos. Se eles chegassem a um nível muito baixo, Kranz teria que ordenar que o pouso fosse abortado.
Neil Armstrong

Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, no Módulo Eagle
Um drama era a última coisa que alguém queria para o primeiro pouso na Lua. O evento em si já era monumental e excitante o bastante. Finalmente, Neil Armstrong achou um local que gostava, começou a cortar sua velocidade frontal e deixou o Módulo Lunar descer suavemente para a superfície. Quando eles baixaram para 25 m, Houston avisou que eles tinham 60 segundos de combustível restante e na cabine 'Buzz' Aldrin viu uma luz de aviso que dizia a mesma coisa. Mas agora eles estavam muito próximos e era apenas uma questão de pousarem suavemente. Armstrong tinha cortado quase toda a velocidade frontal do Eagle e agora que eles começaram a levantar poeira com o exaustor do motor, ele pediu a Aldrin para confirmar se eles ainda estavam se movendo um pouco para frente. Ele queria pousar numa superfície que pudesse ver à frente, em vez do solo que não podia ver atrás. Aldrin deu a confirmação que ele queria e oito segundos depois eles viram a luz de contato. As sondas de dez pés de comprimento que pendiam do trem de pouso haviam tocado a Lua. Um segundo ou dois depois, eles estavam pousados e cortaram o motor. Só tinham mais 20 segundos de combustível, mas estavam pousados. Então Armstrong falou no rádio a frase imortal: “Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed”. (“Houston, aqui Base da Tranqüilidade. A Águia pousou”). A mais de 300 mil quilômetros dali, o mundo, que acompanhava ao vivo as comunicações de rádio entre o Controle de Vôo no Centro Espacial Johnson em Houston e a Apolo 11, entrava em comoção e aplaudia e gritava freneticamente.


O Homem na Lua

Em todas as direções que se olhasse, a terra era como o solo plano de uma planície. O horizonte circular era quebrado aqui e ali por suaves bordas de distantes crateras. A meia distância, Armstrong e Aldrin podiam ver pedras arredondadas e cumes, alguns deles com talvez 7 ou 10 metros de altura. Bem próximo, uma mistura de crateras deformava a superfície e havia pequenas rochas e seixos espalhados por toda parte. Era um local plano e nivelado, mas pequenas variações davam às redondezas uma delicada beleza própria. E é claro, por ser este o pouso pioneiro na Lua, tudo era de enorme interesse. Entretanto, antes que Armstrong e Aldrin pudessem prestar muita atenção na vista ou pensar em sair da nave, eles tinham de se certificar de que tinham uma nave funcional e que o computador de navegação estava carregado corretamente com as informações necessárias para levá-los de volta à órbita para o encontro com Collins. Finalmente, duas horas após o pouso, eles e os engenheiros da NASA ficaram convencidos de que o Eagle estava pronto para voltar para casa quando fosse o momento.

Um salto gigantesco para a humanidade

De acordo com o plano de vôo, Armstrong e Aldrin estavam instruídos a terem um descanso de cinco horas antes de sair da nave. Entretanto, a excitação normal pelo momento histórico, fez com que eles solicitassem a Houston permissão para se preparem para a saída, uma AEV - período de atividade extra-veicular, no jargão da NASA. Normalmente a preparação para uma AEV supostamente demorava cerca de duas horas, mas como essa seria a mais curta de todas as AEV das missões Apollo, ninguém – exceto talvez a audiência mundial que esperava impaciente pela TV – estava preocupado quando os preparativos duraram três horas e meia.
Finalmente, cerca de seis horas e meia após o pouso, eles abriram a escotilha do Módulo Lunar e Armstrong rastejou em direção a saída; primeiro os pés, depois as mãos e joelhos. Instantes depois ele pisou no degrau mais alto da escada, em frente à bancada de trabalho da nave, onde estavam acondicionados os equipamentos e experimentos científicos a serem usados na missão. A mais importante peça de equipamento nele era, sem dúvida, a câmera de TV preto e branco. Para os astronautas o pouso tinha sido o grande momento da missão. Mas para o mundo que aguardava ansioso, o grande momento ainda estava por vir.
Neil Armstrong precisou dar um pulo de um metro do último degrau da escada até o protetor das patas do Módulo. Dali ele estava apenas a dois centímetros de pisar na superfície lunar propriamente dita. Ele parou no suporte por um momento, testando o chão com a ponta de suas botas, antes de finalmente pisar no solo e dizer a frase épica da Era Espacial:
Este é um pequeno passo para um homem, mas um enorme salto para a humanidade
— Neil Armstrong

O Solo

O solo era finamente granulado e tinha uma aparência empoeirada. Assim que ele o pisou, sua bota afundou talvez um par de polegadas, fazendo uma pegada perfeitamente definida. Por causa do campo gravitacional relativamente fraco da Lua (1/6 da Terra), o peso total de Armstrong – metade astronauta, metade roupa e equipamento de sobrevivência – era de apenas 30 quilos. Movimentar-se não era particularmente cansativo, mas devido ao dramático deslocamento para cima e para trás do seu centro de gravidade, causado pela mochila de sobrevivência às costas, ele tinha que se inclinar à frente para manter o equilíbrio e demorou alguns minutos até que pudesse andar confortavelmente. Para o caso de precisar encerrar a AEV repentinamente, Armstrong usou uma ferramenta de cabo comprido para juntar um pedacinho de rocha e terra dentro de um saco de Teflon. Ele suspendeu o saco, dobrou e então guardou num bolso da canela do macacão o primeiro pedaço de solo extra-terrestre da história.
Buzz Aldrin juntou-se a Armstrong na superfície quinze minutos depois e durante as próximas duas horas e quarenta minutos, os astronautas examinaram o Módulo Lunar, montaram e colocaram para funcionar a câmera de TV, hastearam e prestaram continência à bandeira americana – os dois eram oficiais da Força Aérea - instalaram instrumentos científicos, deram pulos como cangurus experimentando a baixa gravidade lunar, tiraram cerca de 100 fotografias, coletaram mais amostras no solo e falaram ao vivo com o Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, acompanhados pelos olhos e ouvidos de bilhões de pessoas ao redor do planeta, que assistiam a tudo pela televisão.

Buzz Aldrin

Após o pouso lunar, "Buzz", presbiteriano, retirou de um estojo que carregava os elementos para a Santa Ceia e comungou. (Nesse período a NASA estava ainda travando uma ação judicial trazida pelo ateísta Madalyn O’Hair que havia objetada que os astronautas da Apollo 8 lessem uma passagem do livro bíblico de Gênesis) que exegia que os astronautas refreassem suas atividades religiosas enquanto estivessem no espaço. Assim, Aldrin evitou mencionar esse assunto. Manteve seu plano em segredo, até mesmo de sua esposa e não o comentou publicamente por vários anos. Nesse período Aldrin era presbítero na Webster Presbyterian Church, uma igreja presbiteriana em Webster, no Texas. O estojo usado na comunhão foi preparado por seu pastor, o Rev. Dean Woodruff. Aldrin descreveu sua comunhão na Lua e o envolvimento de seu pastor na mesma na edição de outubro de 1970 da revista Guideposts e em seu livro “Return to Earth”. A Webster Presbyterian Church ainda possui o cálice utilizado por Aldrin na Lua e comemora a Santa Ceia lunar todos os anos no domingo mais próximo de 20 de Julho.
Durante os meses que antecederam a missão e já escalado para o vôo pioneiro e sabendo que Neil Armstrong seria o comandante do vôo histórico (e, portanto, o primeiro na Lua), Aldrin, um homem voluntarioso, bem humorado e de personalidade intensa, tentou de todo jeito junto a seus amigos, que trabalhavam na direção do Programa Apollo e na organização da missão, arrumar um esquema de troca de lugares dentro do Módulo na hora da saída, com a justificativa técnica que fosse, para que fosse ele, e não Armstrong, o primeiro homem a descer do Eagle e pisar na Lua.
Os astronautas deixaram uma placa na Lua, onde se lê: Here Men From Planet Earth First Set Foot Upon The Moon. July 1969 A.D. We Came In Peace For All Mankind. (Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade). A placa foi assinada pelos três astronautas que participaram da Apolo 11 e pelo Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.
Existem muito poucas fotos de Neil Armstrong na Lua porque ele ficou quase todo o tempo com a câmera fotográfica. Assim, quase todas as fotos que mostram um astronauta sobre o solo lunar durante a missão Apollo 11 são de Edwin Aldrin.


sábado, 4 de julho de 2009

A APARIÇÃO DE FÁTIMA OCORRIDA EM PORTUGAL EM 1917


O vilarejo de Fátima, em Portugal, foi palco de acontecimentos cósmicos que abalariam o mundo no princípio deste século, mantendo uma longa polêmica que dura até os dias de hoje e tornando o lugar sagrado por católicos de todas as partes do globo. No dia 13 de outubro de 1917, cerca de 70 mil pessoas presenciaram um fenômeno que foi considerado como uma manifestação do poder de Deus. Naquele dia estava chovendo e, de repente, o Sol surgiu no céu. O que pareceu ser um disco achatado, com um contorno nitidamente definido e um brilho mutante, apareceu entre as nuvens e em seguida começou a fazer manobras com crescente velocidade.
Este estranho fenômeno teve uma preparação nos anos anteriores, sob forma de esparsos sinais no céu. Em todos os casos, três crianças foram os epicentros dos fatos que acabaram por ter um belo contato com uma entidade cósmica, imediatamente aclamada pela igreja como a Virgem Maria - crença mantida e incentivada até hoje entre seus fiéis. Lúcia de Jesus e os irmãos Francisco e Jacinta Marto, respectivamente com 10, 9 e 7 anos à época, foram os protagonistas dos contatos com algo inusitado, num total de seis encontros, sempre no mesmo dia e hora ao longo de seis meses.

Segundo historiadores católicos, a personagem celeste teria feito aos jovens revelações a respeito de nosso mundo. Eram mensagens destinadas a toda à Humanidade, mas desde o princípio dos fatos a Igreja Católica apoderou-se e monopolizou as informações, julgando o que deveria ou não ser divulgado. Foi também a responsável pela santificação do evento e geração da difundida imagem religiosa, transformando esse episódio numa manifestação divina a serviço de sua própria crença. Historiadores até hoje reclamam do procedimento do Vaticano, que não tinha o direito de reter as verdadeiras informações sobre o caso para sempre.
Alegam que seres as censos não pertencem à religião alguma e que não trabalham em função de crenças ou dogmas. Dizem que sua manifestação deveria ser mantida isenta, assim como suas mensagens inalteradas. Tanto é verdade que os contatos com entidades semelhantes - noutros casos também chamadas da Virgem Maria - continuaram por todas as partes do mundo, repetindo o que já fora dito aos meninos portugueses. Em particular, intensificaram-se nas últimas décadas as ocorrências marianas de Medjugorje, na destruída Iugoslávia. Segundo alguns contatados, como o estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni, o teor da terceira e derradeira mensagem de Fátima eram de alerta quanto ao futuro da Humanidade e de incentivo à procura de uma trilha espiritual para o ser humano. Hoje sabemos que a aparição portuguesa foi um contato de quinto grau com uma entidade extraterrestre, envolvendo manifestações para normais e psíquicas, além de efeitos físicos típicos de ocorrências ufológicas.
Para aprofundarmos a questão, basta examinar evidências existentes dentro da própria literatura católica, publicadas no livro Fátima, de Icilio Felici, em 1943. Eis o que podemos extrair da versão dogmática do fato, quando de seu prenúncio, ainda em 1915: "Tendo-se posto a rezar o terço, depois da merenda habitual, [As crianças] viram de improviso, suspensa no ar, sobre o arvoredo do vale que se estendia aos pés, uma estranha figura branca, e continuaram a rezar maquinalmente, com olhos fitos no branco fantasma luzente, espiando-lhe os movimentos até que, acabada a oração, não a viram mais." Em 1916 veio a primeira aproximação de fato, também descrita por Felici: "Desta vez [O objeto] não estava parado e movia-se como que impelido pelo vento, em direção a eles, e à proporção que se avizinhava o distinguiam-se cada vez mais feições que eram as de um jovem dos seus quinze anos, de sobre-humana beleza. O ser disse: 'Não tenhais medo! Eu sou o Anjo da Paz'." Extraordinária beleza, aparência humana e aspecto luminoso - esta é uma descrição típica da casuística de contatos elevados, onde com freqüência surgem seres que se apresentam em paz. Note-se que tais visitantes somente agora, em nossos dias, começaram a se identificar dessa forma, devido a termos hoje maiores condições para compreendê-los. O termo 'anjo' tem sido largamente usado e tornou-se de fácil compreensão para aludir uma categoria de vida em estágio superior ao nosso.

As crianças
Passada a fase preparatória, em 1917 iniciaram-se os contatos principais. O local escolhido, distante uns três km de Fátima, foi a Cova de Iria, um pequeno vale de 500 m de diâmetro. Era 13 de maio e as crianças pastoreavam seu rebanho quando tudo começou. "De repente se sentiram ofuscadas por um relâmpago que parecia ter sulcado, fulmíneo, o horizonte. Não havia nuvem sequer sobre uma azinheira [Tipo de árvore] de pouco mais de um metro, onde apareceu uma jovem senhora de sublime beleza, mais resplandecente que o Sol, e disse: 'Eu sou do céu'." A Ufologia está repleta de seres fulgurantes e belos, descritos nas mais diversas fases de nossa História como vindos do céu. Alguns chegaram a passar algum tipo de mensagem à Humanidade, como é o caso de Fátima. Nesta ocasião, tal mensagem girou em torno dos erros dos seres humanos.
A estranha figura marcou novos encontros com as crianças, para os próximos meses. Ao partir, demonstrou suas habilidades não terrestres, ainda na narrativa de Felici: "Das suas mãos abertas se irradiou uma luz misteriosa (...) e começou a elevar-se serenamente, sem mover os pés, até desaparecer na luz ofuscante do Sol." Como sabemos, os extraterrestres manipulam altíssimos níveis de energia e o controle da luz é sua marca registrada, fazendo dela o que bem querem. Muitas vezes, tripulantes de Ufos - ufonautas - são vistos portando um pequeno globo luminoso nas mãos, como foi descrito pelas crianças de Fátima, logo imaginado como o 'sagrado coração de Maria. ' Aparentemente, tais globos de luz têm alguma relação com o transporte ou locomoção dos seres em nosso ambiente, quando estão fora de suas naves.

Após essa aparição instalou-se uma grande polêmica entre crentes e céticos sobre a Virgem Maria. Lúcia passou a sofrer muitas pressões da família e do clero local, que duvidavam do fato. Assim, chateada, resolveu não mais ir aos encontros. Entretanto, apesar de ter decidido permanecer em sua casa, um dia sentiu-se impelida por uma força irresistível a mover-se e caminhar em direção ao local dos fatos. Isso é de certa forma comum aos contatados por Ufos, que têm revelado inúmeras vezes receberem uma espécie de chamado telepático. Em alguns casos este chamado chega a indicar este ou aquele caminho a seguir para que haja o encontro com seus abdutores. Tendo chegado ao local, a jovem manteve novamente o contato, apesar de que outras pessoas presentes nada viram da suposta Virgem. Todos, porém, tinham podido observar uma nuvenzinha branca que pousou sobre a azinheira, acompanhada de um acentuado abaixamento da luz solar.
Na interpretação dos ufólogos que pesquisam este tipo de ocorrência, surgiu neste momento algum engenho extraterrestre sobre Fátima, na forma do que foi considerada uma nuvem. Esta pousou e interferia na luz solar, caracterizando a presença e atuação de um campo eletromagnético que reduz o espectro luminoso. Durante estes fatos, e principalmente depois deles, as crianças sofreram diversas perseguições e maus-tratos de autoridades portuguesas e religiosas, sendo forçadas a desmentir o ocorrido. Chegaram a ficar presas numa das datas preestabelecidas para um novo contato. Nesse dia, diz a narrativa de Felici, “... ouviu-se o ribombo de um trovão, (...) e perto da azinheira surgiu uma cândida nuvem luminosa. Alguns instantes depois a nuvem desapareceu.

Multidão na Cova da Iria

Apesar da clausura e perseguição, Lúcia esclareceu alguns detalhes do objeto que viram: "O relâmpago de que tanto se falava, não era nada além do clarão de uma luz que se aproximava pouco a pouco." Sabemos de outras fontes que o objeto fora observado aproximando-se de longe, pousando, aguardando uns instantes e voltando pelo mesmo trajeto, não havendo nenhuma súbita aparição ou desaparição. Temos também sinais sonoros assim descritos "como que o estouro de um foguete.”.
Há outra narrativa interessante dos fatos verificados em Fátima: "E eis que o Sol começou a escurecer e um globo luminoso apareceu, movendo-se do oriente para ocidente e prosseguindo com majestosa lentidão através do espaço. O céu está límpido, sem mancha de nuvens e somente aquele globo soberano o sulcava!" Nesse relato, datado à época dos fatos, já há a clara citação de um globo luminoso do tipo sonda - daquelas que hoje cansamos de filmar - e não mais de uma nuvem. E prossegue a narrativa: "Durante o colóquio, a atmosfera se tingia de um colorido amarelado e uma auréola branca envolvia os videntes." Essa espécie de névoa é comum ao redor de Ufos observados em todo o mundo e é considerada como uma espécie de camuflagem proposital, ou ainda como uma reação involuntária e inerente à interação do objeto com a atmosfera terrestre. Tentativamente, pode-se assim explicar porque outras pessoas não viam a Virgem, apesar de não descartarmos a hipótese de um processo para normal simultâneo à presença física ou semi-física do objeto.
"Muitos tornaram a ver o globo luminoso subir todo belo na direção do Sol, por entre uma chuva, por todos gozados, de pétalas brancas, tênues como florzinhas de neve, que chegadas a pouco do solo, desapareciam." Mais uma vez estamos diante de um fenômeno comum à casuística ufológica. Ora, esse tipo de vestígio que cai ao solo durante ou após a passagem de um UFO é chamado popularmente de 'cabelo de anjo' e consiste de filamentos muito delicados que desaparecem ou se sublimam rapidamente, antes que se possa recolhê-los. Teoricamente, seriam restos de algum combustível usado no sistema de propulsão da nave, ou ainda a condensação de algum elemento da própria atmosfera, quando em contato com o UFO. Parecem muito com teias de aranha ou fiapos de algodão doce. Em fotos da época pode-se vê-los perfeitamente sobre as árvores, nada tendo de pétalas de flores. Encontros ocorridos em Fátima, o último é sem dúvida o mais prodigioso.
De todos os e ficou conhecido como o Milagre do Sol. Aparentemente fazia-se necessário uma demonstração mais clara da veracidade dos contatos e das advertências que estavam sendo passadas à Humanidade. E assim foi feito para mais de 70 mil espectadores, de fiéis católicos a incrédulos homens de Ciência que se faziam presentes. Era 13 de outubro e chovia torrencialmente na Cova de Iria. Como das outras vezes, a tal jovem senhora apareceu e continuou suas revelações, finalizando o ciclo de mensagens. Lúcia pediu que todos olhassem para o céu, quando viram a chuva cessar de repente. "As nuvens se rasgaram e o disco solar apareceu como uma lua de prata a girar vertiginosamente sobre si mesmo, semelhante a uma roda de fogo e projetando em todas as direções feixes de luz amarela, verde, vermelha, azul e roxa, que pintavam as nuvens do céu, as árvores e a multidão imensa." E ainda repetiram-se tudo isso mais duas vezes, em seguida.
Num dado momento do belíssimo espetáculo, conta a História, todos tiveram a sensação de que o Sol se desprendia do firmamento e caía sobre os presentes. "Todos reconheceram que era um sinal dos céus e apalparam as roupas que ainda há pouco estavam encharcadas, verificando que agora estavam completamente enxutas," narra ainda o historiador Felici. Quanto a estes detalhes da ocorrência temos que considerar vários pontos. É evidente, em primeiro lugar, que o Sol verdadeiro não poderia ter se movido, senão teríamos sido arrancados da órbita terrestre ou queimados por sua brusca aproximação. Igualmente, qualquer anomalia solar teria sido registrada pelos observatórios astronômicos, mesmo àquela época.
Portanto o 'milagre' foi na verdade um fenômeno local restrito à pequena Fátima. A expressão "disco solar como uma lua de prata" dispensa interpretação. Localizaram-se testemunhas em cidades vizinhas que viram um estranho objeto fazendo movimentos oscilatórios irregulares, descendo e subindo. A súbita secagem das roupas demonstra uma forte irradiação térmica ou de microondas, numa descarga controlada em todo o ambiente circundante. E assim se explica o chamado Milagre de Fátima: nada mais, nada menos do que uma manifestação ufológica. Mas, mais que isso, foi um chamado à verdade, aos ensinamentos puros que desde sempre têm sido oferecidos por seres superiores que já passaram por este planeta. Não pediram a elaboração de rituais, santificação ou dogmas, mas ensinaram à simplicidade e pediram discernimento em nossos atos. Isso nos impele a repensar nos excessos cometidos pelas religiões. 






O Caso Fátima ainda mexe e muito com o nosso imaginário e a fé de muitas pessoas! Rondinelli.